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sábado, 6 de março de 2010

AS SACOLAS E O MEIO AMBIENTE

Excluir as Sacolas plásticas

O Grupo Carrefour bane o uso das sacolas plásticas. A notícia é comentada pelo editorial "Sacolas plásticas", do jornal Folha de S. Paulo, 06-03-2010.
Eis o editorial.
Merece elogios a decisão do Grupo Carrefour de banir o uso de sacolas plásticas em toda sua rede de lojas no Brasil nos próximos quatro anos. É mais um lance da salutar disputa entre grandes cadeias varejistas por ações na área ambiental. Medidas voltadas para a reciclagem e a produção sustentável de mercadorias já foram anunciadas por grupos como Pão de Açúcar e Walmart.
O caso das sacolas é especialmente significativo pelo fato de os brasileiros terem desenvolvido uma espécie de dependência desses invólucros, difundidos por praticamente todos os ramos do comércio.Não há produto que chegue às mãos do consumidor sem o indefectível saco plástico a envolvê-lo -pequenos, como os das farmácias, ou de grandes dimensões, como os utilizados pelas lojas de eletrodomésticos. Confeccionados com uma resina chamada polietileno de baixa densidade, material não renovável derivado do petróleo, eles podem levar até 300 anos para serem dissolvidos pela natureza.
Impermeáveis, obstruem fluxos de água e contribuem para enchentes nas cidades; nos mares e rios são confundidos com alimentos por algumas espécies; e, incinerados, liberam toxinas maléficas à saúde.
Em diversos países a utilização das sacolas vem sendo abandonada ou desestimulada por meio de medidas de dissuasão, como a cobrança para o uso. Uma resistência a vencer é o hábito arraigado do consumidor, ainda em grande parte alheio aos danos causados pelo plástico -e acostumado a reutilizar os saquinhos em suas latas de lixo domésticas.
Além de estimular a adoção de bolsas retornáveis, vendidas a preço de custo (as chamadas "ecobags"), a rede varejista fornecerá aos clientes uma sacola biodegradável, que seria totalmente absorvida pela natureza em 18 semanas. É um bom exemplo a ser seguido.

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